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Mudança e aprendizado para sempre

Talvez a gente nunca descubra por que mudamos. Talvez. O bom seria que descobríssemos . Alegrias, amores, tristezas, surpresas e decepções vão acontecendo ao longo da nossa trajetória e mal nos damos conta que tudo pode não ter passado de uma chance para mudanças. Acho que elas precisavam existir para que possamos avançar no nosso caminho. Não sei você, mas me sinto assim.

Por algum motivo, que me foge à explicação, só me dou conta de que passei por uma fase de mudança depois que ela já se foi e há tempos, ainda mais se provocou dor ou desapontamento.  Assim, deixo de aproveitar o aprendizado na sua totalidade. Ou seja, posso repetir uma atitude e não me sair muito bem. Aí, lembro: “não aprendeu o que deveria”.

Percebo que essas fases dolorosas demoram mais para serem compreendidas como períodos pelos quais eu precisaria passar. Fazem parte da minha vida, não da vida de outra pessoa. Mas, por essa mania de não ver que a possibilidade de mudar existe até quando há sofrimento, muitas vezes perco o pace da vida. (Explicando melhor. Pace é um termo utilizado em corrida.  É um valor numérico que determina o ritmo médio de quem corre.)

Sim, acredito, que nossa vida tem ritmos diferentes e que dizem respeito somente a cada de um nós. Como na corrida, cada pessoa tem seu ritmo específico, que vai se transformando ao longo do trajeto pessoal. Mesmo para quem acha que sua vida é um marasmo, sem novidade, acredite, não é! Ela tem paces que variam. Talvez, você não perceba. Acaba achando que tudo é igual. É preciso se voltar para dentro com atenção para enxergar. Treinar o olhar da alma ajuda e muito.

Vou usar mais uma comparação: a dança, outra das minhas paixões. Hoje, estou no clima da corrida, mas já pratiquei do balé clássico à dança contemporânea, passando pelo sapateado e pelo hip hop. Os dedos dos meus pés são testemunhas.

Sendo assim, acho que tem período que o ritmo da vida está mais para o samba, outros que está mais para uma valsa, outros para um tango. E, há outros ainda em que o funk permeia o dia a dia.

Não queria utilizar um lugar comum – meus professores de literatura sempre chamam a atenção para o uso de uma expressão-clichê. Mas, às vezes, temos que dançar conforme a música. Precisamos entrar no ritmo e captar o que está sendo ensinado. Lá na frente, tenha certeza, o pace, o ritmo, vai mudar. Mais adiante, vai mudar de novo e de novo. O que fica é o aprendizado.