Categorias:

Longe dos exercícios físicos, mas perto dos filhos

Já tenho contado por aqui que ando fora do país acompanhando filho e nora nas suas agendas de shows. Eles formam um duo de música eletrônica. Precisam de ajuda. Assim, estou longe da minha rotina de exercícios físicos. Sinto muita falta.

Isso não quer dizer que eu não tenha atividade física. Para começar, eles vivem no quinto andar de um prédio sem elevador. São 80 degraus para baixo e 80 para cima. Tenho colocado a imaginação para funcionar quando preciso enfrentar as escadas: sempre acho que estou na academia. Não é mole não! Ainda mais quando esqueço de comprar algo. Desço e subo tudo de novo.

No mais, tenho caminhado muito. Procuro manter a média dos 10 mil passos diários. Houve dias que andei sob um sol “carioca” de 34 graus e em outros driblando o vento. Coisas da mudança de estação. Uma vez, voltei para casa debaixo de chuva fria já que a temperatura baixou. O outono vem chegando. Mas, me dei por satisfeita com o cumprimento da minha meta.

Minhas andanças, além de me reconfortarem me ajudam a conhecer melhor as cidades. De vez em quando, me perco e preciso acionar a voz amiga do Google Maps. Me dou a chance de fotografar mais. Cada cantinho diferente merece uma parada e um clique. O que pode parecer banal acaba, através de um ângulo inesperado, rendendo uma boa imagem. Todas as fotos desse texto são fruto das minhas caminhadas.

Uma vez, parei diante de um muro super lindo de um restaurante. Um cara apareceu na fachada e fez cara feia. Achei que ia me expulsar. Alemães, em geral, não gostam de exposição e de serem fotografados. Prezam a privacidade. Antes que palavras saíssem da sua boca, falei algo meio em inglês, meio em alemão que a foto era para o Trip Advisor. Ele se acalmou, mas achei melhor não ficar mais por ali.

Mas, claro, que meus ouvidos, meus músculos e meu coração se ressentem daquela contagem das séries de musculação, das sequências do Pilates e da corrida. E, também, das minhas companheiras de aula, dos professores Carol Brasil e Augusto Branda. Ela, inclusive, me deu uma“bronquinha” dizendo que eu deveria estar fazendo, ao menos, alguns exercícios com elásticos. Bem, esqueci os meus no Rio. Não comprei outros por aqui.

Na real, estou sem muito espaço físico e mental. Faço um monte de coisas e, também deixo de fazer muitas outras. O tempo escorre pelo ralo da banheira, da pia e se embrenha pelas gavetas. Longe de achar que isso é uma reclamação. É apenas uma constatação.

Mas, nessa viagem o objetivo é mesmo ajudar. Enfim, longe dos exercícios, mas perto dos filhos.