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A vida sempre nos testa

Essa semana fui posta à prova. Mais uma vez, precisei encarar um obstáculo desconhecido. Foi inesperado, mas aconteceu.

Como já havia comentado há uns posts atrás: Nossos caminhos são mesmos repletos de curvas…..Quando menos esperamos, aparece diante de nós um fato ou uma pessoa que de alguma forma nos confunde e, às vezes, nos derruba”.

Agora, percebo que quando escrevia essa frase acima já estava quase chegando perto dessa curva da minha vida que, sim, me colocaria em teste. E, eu não enxergava nada. Estava tão envolvida pelos sons dos meus passos, pelo cheiro das plantas, pela luz do sol, enfim, de tudo à minha volta, que me deixei cegar. Fui embriagada pela beleza dessa estrada que é a vida.

Acho que não vale a pena explicar com o quê me deparei  O mais importante, pelo menos para mim, é o que fazer com essa situação repentina. Depois de muito refletir sobre as fases de todos os acontecimentos – procurando me afastar o mais possível e entender o contexto – cheguei à conclusão que é necessário exercer o perdão, antes de mais nada.

Perdoei a todos os envolvidos e, principalmente, a mim mesma. Por mais empatia e confiança que eu tenha gerado, em relação a todos e a tudo, acredito que não produzi o suficiente escudo para que o efeito final fosse a compreensão mútua. A intenção foi boa, mas o resultado nem tanto. Então, a pedra no caminho se materializou.

Vivemos um período delicado e beligerante onde todos desejam ter razão, mas não aceitam que os outros também tenham razão. Me lembrei de trechos de filmes distópicos quando, por exemplo, todos querem ter acesso à água, mas não permitem que os habitantes de outras tribos ao redor também possam beber da mesma fonte.

É salve-se quem puder. É discussão, disputa, briga, morte. Aos poucos, esses grupos acabam se enfraquecendo. Até que surge uma tribo de fora da região, mais organizada, e toma à força os fracos pela falta de união e compartilhamento.

Depois do perdão instalado, é hora de agradecer. Você pode até me perguntar se isso é possível e se foi fácil. Não é fácil, mas é possível. Não quero viver com essa nódoa no coração. Quero seguir em frente. Só assim poderei ficar mais alerta – nunca tensa – para perceber por onde piso.

Não quer dizer que não passaria por aquele local pedregoso da estrada novamente e que tomaria um atalho. Não, não é isso! A questão é como andar e aproveitar a caminhada. Tenho confiança que assim será.

Depois, é o momento de entender tudo o que aconteceu. Sempre há processos, tempos e movimentos que podem reproduzir o aprendizado. Sempre!

Como diz minha amiga Teresa Maia: As provas chegam a todo momento. E só utilizarmos essa reserva de força quando a vida nos põe à prova. Fica uma pergunta para você pensar: por que não fazer uso dessa reserva insuspeita de força sem que sejamos desafiados e, também, usá-la nos bons momentos? “  

E, segue o baile.